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FMM 2019: De 18 a 27 de julho, viva a aventura da música

17 de Julho de 2019

A 21.ª edição do FMM Sines - Festival Músicas do Mundo, o festival da música com espírito de aventura, realiza-se de 18 a 27 de julho de 2019.  

Este ano, estão programados 51 concertos de 31 países, distribuídos por 10 dias de música: os primeiros três na aldeia de Porto Covo (18, 19 e 20 de julho) e os restantes sete na cidade de Sines (21 a 27 de julho).

Em Porto Covo, o festival acontece na praça central da aldeia, o Largo Marquês de Pombal, onde ficará montado o palco INATEL. Na cidade de Sines, haverá concertos no castelo medieval, no passeio marítimo da Praia Vasco da Gama (palco Galp), no Largo Poeta Bocage e no auditório do Centro de Artes de Sines.

Vencedor do prémio de melhor grande festival nacional nos Iberian Festival Awards 2019, além dos prémios de festival português com melhor programa cultural e de festival ibérico que melhor promove o turismo, o FMM Sines apresenta-se como uma experiência de descoberta e diálogo intercultural através da música.  

Em 2019, o festival convida os espectadores a viajar com músicos e músicas da África do Sul, Alemanha, Angola, Argélia, Arménia, Bélgica, Brasil, Burundi, Cabo Verde, Colômbia, Coreia do Sul, Costa do Marfim, Espanha, EUA, Finlândia, França, Gâmbia, Gana, Índia, Jamaica, Líbano, Malásia, Marrocos, Moçambique, Nigéria, Palestina, Portugal, Reino Unido, Síria, Togo e Tunísia. Burundi e Malásia são estreias no festival.  

No périplo pelo programa de concertos, começamos por referir os músicos que já se tornaram clássicos nos territórios em que se movimentam: Inner Circle, no reggae jamaicano; Ladysmith Black Mambazo, na música vocal sul-africana; Chico César, na música do nordeste brasileiro; António Marcos, na marrabenta de Moçambique; e Omar Souleyman, no dabke levantino. O fenómeno da rumba flamenca estará representado em Sines pela formação Gipsy Kings by Diego Baliardo, que junta um guitarrista histórico do grupo a músicos da nova geração.

A 21.ª edição do festival será também marcada pela afirmação da criatividade feminina, com destaque para as artistas africanas: Sona Jobarteh (da Gâmbia), Dobet Gnahoré (da Costa do Marfim) e três vozes de Cabo Verde: Lucibela e a dupla Tété & Sara Alhinho. Da Ásia, vem um grupo formado só por mulheres - The Tune, da Coreia do Sul - e um grupo malaio liderado por uma mulher: The Venopian Solitude.

As músicas da Europa e dos EUA programadas têm em comum a abertura a outras culturas.

De França, chegam três grupos com ligações à música das três margens do Mediterrâneo - Fanfaraï Big Band, Revolutionary Birds e Al-Qasar. No caso do trio Sax Machine, França recebe influências da música negra americana.

A Londres multicultural traz também uma delegação de peso: Kokoroko, grupo formado por músicos com raízes africanas; Nubya Garcia, saxofonista de origens caribenhas; e JP Bimeni, músico nascido no Burundi refugiado no Reino Unido.

As duas bandas alemãs programadas são outro exemplo de uma Europa acolhedora. LaBrassBanda junta a música festiva da Baviera a ritmos de todo o mundo. No caso de Shantel & Bucovina Club Orkestar, são as músicas dos Balcãs e do Mediterrâneo, entre outras, que inspiram a dança.

De Nova Iorque, a metrópole cosmopolita por excelência, vêm ao festival duas orquestras com matriz no afrobeat - Antibalas e Underground System - e uma terceira, Red Baraat, em que o bhangra indiano é o ingrediente principal.

O lado mais multicultural da capital portuguesa também estará presente, através de três exemplos do novo "som de Lisboa", que recupera a ligação africana: Dino D'Santiago, Branko e Batida apresenta: IKOQWE.

Rincon Sapiência, revelação da música urbana, e duas cantautoras, Luedji Luna e Flavia Coelho, trazem música do Brasil ao FMM Sines. Ainda da América do Sul, recebemos um grupos ponta-de-lança da nueva cumbia colombiana, Frente Cumbiero.

Além dos já citados, vêm ao FMM mais três nomes de África, dois deles promovendo regressos às origens: ao som clássico de Lomé, no caso de Vaudou Game; e ao highlife do Gana, no caso do grupo Santrofi. Para o nigeriano Keziah Jones, África é indissociável da grande música afro-americana, dos blues ao funk.

Entre a Europa, a Ásia e África, o Levante tem, além do sírio Omar Souleyman, mais três representantes no alinhamento do FMM Sines 2019: um libanês - a banda de blues-rock The Wanton Bishops - e dois palestinos, Le Trio Joubran e Zenobia.

Da Índia, o festival recebe música ainda próxima ao folclore, com o trio The Barmer Boys, do Rajastão, e uma artista, Susheela Raman, para quem as raízes no sul do país são apenas uma das matérias-primas de muitas viagens e experimentações.

A música folk, sempre presente no alinhamento do festival, tem em 2019 uma grande força ibérica, com as bandas portuguesas Ronda da Madrugada, Gaiteiros de Lisboa e Tranglomango e os galegos Davide Salvado e Banda das Crechas. No caso do agrupamento SANS, a folk serve para ligar a Europa de ponta a ponta, com músicos do Reino Unido, Finlândia e Arménia.

O jazz faz parte da formação musical de muitos artistas já referidos, mas, na componente vocal, tem na belga Melanie de Biasio a grande figura desta edição do FMM.

Também da Bélgica, embora com raízes portuguesas e cabo-verdianas, estreia-se em Sines a revelação Blu Samu, artista entre a soul, o jazz, o funk e o rap.

A juntar ao novo som afro de Lisboa e à folk, o retrato da diversidade da música feita em Portugal completa-se com a experiência de música e dança Ethno Portugal, o grupo de pop-rock alentejano Virgem Suta e o projeto Montanhas Azuis, que junta três artistas de personalidade artística vincada - Marco Franco, Norberto Lobo e Bruno Pernadas.

Para aos adeptos da música trance, estará em Sines um dos grupos que cultiva a sua vertente mais orgânica: La P'tite Fumée, de França.

As entradas para os espetáculos estão à venda, sendo necessários bilhetes para os concertos noturnos no Castelo (este ano com início mais cedo, logo a partir das 21h00) e no auditório do Centro de Artes de Sines. Os concertos em Porto Covo, no palco da Avenida Vasco da Gama e no Largo Poeta Bocage são todos de entrada livre. São também de entrada livre os espetáculos das 18h00 no Castelo.

Além do programa de concertos, o FMM Sines 2019 oferece um programa de iniciativas paralelas.


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